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Onde foi o lugar do seu primeiro beijo de casal?

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vida a UM

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=65
http://pessoas.hsw.uol.com.br/paparazzi7.htm
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20130517164113AAXKP12
A publicação do livro do Amaral em relação aos McCann não pode ser confundida com um mero libelo de opinião em relação a uma personalidade política e/ou pública. Vivemos num mundo em que se confunde “vida privada” com “vida pública”, e de tal modo que não conseguimos já discernir as duas coisas. Só deixamos a vida pública quando vamos dormir umas horas, o que traduz a irracionalidade do conceito do “mercado em constante expansão” ― que deu na crise que deu.

Uma coisa é alguém emitir uma peça televisiva crítica, ou mesmo um livro crítico, em relação a uma figura pública ― que de uma maneira mais ou menos evidente adquiriu notoriedade pública de uma forma voluntária e à custa da própria sociedade ―, e outra coisa é alguém escrever um livro que me critique ― a mim, como entidade privada ― sem que eu tenha meios suficientes ou possíveis de defesa.
Se eu não sou uma figura pública, nem quero ser, não tenho que ser tratado como tal; se os me®dia decidem transformar-me numafigura pública sem a minha prévia aquiescência, não tenho que ser penalizado por isso sujeitando-me involuntariamente a um tratamento próprio de figura pública, sem que o seja.
Há que, de uma vez por todas, distinguir o público do privado. Tanto o neoliberalismo como a esquerda pretendem diluir a “vida privada”: a esquerda através da “estatização” das nossas vidas, a direita neoliberal através do mercado total. Ora, a direita conservadora faz questão de marcar indelevelmente a diferença e o espaço necessário entre “vida privada” e “vida pública”.
Uma coisa é os me®dia insinuarem um eventual envolvimento de José Sócrates no caso Freeport, porque José Sócrates foi ministro do ambiente e é uma figura pública que é pago principescamente e à custa dos contribuintes (à mulher de César não basta ser honesta; tem que parecer honesta).
Outra coisa é uma pessoa escrever um livro acerca da minha pessoa, insinuando sem provas o meu envolvimento em um crime de sangue, sem que eu tenha quaisquer hipóteses de defesa, e principalmente transformando-me em figura pública sem que eu tenha voluntariamente acedido a esse estatuto.


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